sábado, 24 de março de 2012

PAI

O tempo fugiu-me

na inexorável corrente

dos dias

que torna as memórias

difusamente cinzentas

... a memória

insinua-se-me no esquecimento do que esqueço

Mas, Pai, tu não

Tu, nunca!

Passem as correntes

que me doem.Passem os tempos que

me fogem

Passem os momentos que me ignoram.

Passem os ventos que

me gelam e as tempestades que me derrubam

e em ti me

aconchego, em ti adormeço, em ti me liberto,

Como então...em ti

venho ancorar os meus dias no porto do teu peito.

Lembras-te PAI ?

F. Ribeiro

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