O tempo fugiu-me
na inexorável corrente
dos dias
que torna as memórias
difusamente cinzentas
... a memória
insinua-se-me no esquecimento do que esqueço
Mas, Pai, tu não
Tu, nunca!
Passem as correntes
que me doem.Passem os tempos que
me fogem
Passem os momentos que me ignoram.
Passem os ventos que
me gelam e as tempestades que me derrubam
e em ti me
aconchego, em ti adormeço, em ti me liberto,
Como então...em ti
venho ancorar os meus dias no porto do teu peito.
Lembras-te PAI ?
F. Ribeiro
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