segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Luiz Goes - "Asas Brancas"
Do álbum "Canções do Mar e da Vida" (1969).
Letra de Afonso de Sousa, a partir de um poema de Almeida Garrett.
Música de Afonso de Sousa.
ASAS BRANCAS
Quando era pequenino a desventura
Trazia-me saudoso e triste o rosto,
Assim como quem sofre algum desgosto,
Assim como quem chora de amargura.
Um anjo de asas brancas muito finas,
Sabendo-me infeliz mas inocente,
Cedeu-me as suas asas pequeninas,
Para me ver voar e ser contente.
As asas de criança, meu tesoiro,
Ao ver-me assim tão triste, iam ao céu...
Tão brancas, tão macias -- penas de oiro --
Tão leves como a aragem... como eu!
Cresci. Cresceram culpas juntamente,
Já grandes são as mágoas mais pequenas!
As asas brancas vão-se... e ficam penas!
Não mais subi ao céu, nem fui contente.
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